Molas Helicoidais: o que são e quais as suas funções

Usadas em diversos tipos de veículos, as molas helicoidais fazem parte do sistema de suspensão. Elas absorvem impactos, suportam o peso do automóvel e são fundamentais para a segurança. Portanto, devem receber atenção e cuidados especiais.

Você já deve ter tomado um susto ao passar despercebidamente com seu carro por uma lombada, ou buraco, pensando quase que instantaneamente na suspensão do veículo. Porém, se tudo estiver “ok” com as peças que compõem o sistema, não há muito com o que se preocupar. Quando essa situação acontece, parte do impacto é absorvido, especialmente pela mola helicoidal.

A mola helicoidal é um dos principais elementos do sistema de suspensão do veículo, e trabalha em conjunto com o amortecedor. É responsável por absorver as  irregularidades, oscilações da pista e grande parte dos impactos recebidos pela suspensão. Ela funciona da seguinte maneira:  comprimindo quando o automóvel passa por uma lombada e distendendo quando passa em um buraco, por exemplo.

Quando estão sendo comprimidas, as molas helicoidais absorvem energia que, ao ser liberada, é controlada pelo amortecedor, que suaviza os movimentos de retorno para a posição original.

Elas também servem para manter regular a altura do veículo e suportar seu peso. São resistentes o suficiente para aguentar trancos baques e flexíveis para não quebrarem nesse processo.

Além da durabilidade e capacidade elástica do material, as molas helicoidais são de fácil instalação, o que aumenta a proatividade e eficiência das oficinas mecânicas. Fora isso, diminuem o tempo de espera do cliente e são de baixo custo.

Por outro lado, quando não estão em boas condições, comprometem o conforto, estabilidade e segurança de motoristas e passageiros.

Tipos de Molas Helicoidais

As molas helicoidais recebem este nome devido ao processo pelo qual elas são produzidas – enrolando um fio  no formato de hélice em torno de um cilindro. Existem, no entanto, outras formas de fazer o produto, com diferentes usos.

Molas de compressão

São as mais comuns entre as molas helicoidais. Além de serem usadas em amortecedores, aplicam-se em diversas outras aplicações como molas de válvulas  de motores, prensas computadores, botões de “liga e desliga”, entre outros.

Podem ser feitas de arame de aço, ligas de cobre, aço carbono, aço temperado ou fio de aço inox. Isso garante a elas uma longa vida útil, sem precisar de frequentes manutenções.

De torção

Você já deve tê-las visto na suspensão traseira da Kombi ou no eixo dianteiro do fusca. São utilizadas nas situações nas quais a torção será o principal movimento efetuado. O arame de aço é torcido em sentido horário e anti-horário, permitindo que o trabalho seja realizado paralelamente.

O tamanho do diâmetro da mola, bitola e altura vão depender de seu uso.

Cônicas

Variam entre cônicas, bi cônicas e convexas, e podem ser de compressão ou tração. A diferença para esta mola é o diâmetro, que se altera ao longo das espiras própria peça. 

Molas de lâmina

São constituídas de uma ou mais lâminas planas de aço que, curvadas em arco, conectam-se em cada extremidade na parte de baixo do veículo. Antigamente,  também eram utilizadas como mola de suspensão em veículos de passeio. Hoje, em geral, são instaladas apenas em veículos pesados, como ônibus, furgões, reboques e pick-ups.

Problemas comuns

Molas quebradas

As molas não param de trabalhar nunca. Isso porque, a partir do momento que um automóvel deixa a linha de montagem, elas já estarão submetidas a consideráveis solicitações mecânicas. Assim, é importante a verificação periódico do componente, além de estar atento ao seu comportamento.

Arriada

Com o tempo, é normal que a mola fadigue e cause problemas.  Caso o pneu esteja desgastado irregularmente, o alinhamento não seja mantido ou o veículo raspe em lombadas, está na hora de verificar as molas helicoidais.

Batida de elos

Mesmo após anos de uso, ao ser retirada do veículo, algumas molas mantêm sua altura original de trabalho. Já outras, vão ficando mais fracas e perdem a capacidade de carga. As molas “cansadas” geram a perda de estabilidade do carro, o desgaste dos batentes e coxins, e  podem até empenar a ponta do eixo e o quadro. A única solução para esse problema é substituir a peça o quanto antes.

Quebra

Este é o problema mais grave que pode ser causado às molas helicoidais; geralmente ocorre por excesso de carga ou ferrugem na peça. A ruptura da peça aumenta o risco de acidentes, provoca desnível no veículo, além de barulhos. Se isso for observado, o mecânico deve ser procurado imediatamente.

Corrosão

Quando a corrosão da peça ocorre, a pintura também descasca. A ação simboliza o desgaste do componente, que pode estar muito próximo de quebrar por completo.

A Cofap adverte que, após a troca da mola, seja qual for o motivo, é necessário fazer o alinhamento do veículo.

Avaliação das molas helicoidais

Identificação das molas helicoidais

1. Identificação do fabricante: carimbo em baixo relevo na espira inativa;

2. Identificação de aplicação: número gravado em baixo relevo na espira inativa;

3. Identificação de montadora: pintas ou faixas de cores (geralmente no segundo elo).

Composição de uma mola helicoidal

Antirruído

Para evitar barulhos na suspensão ou batidas de elos, algumas molas necessitam do acessório antirruído, aplicado pelo projeto da montadora.

Molas helicoidais

O que é faixa de carga?

É comum a situação quando o mecânico retira a mola velha do veículo, e o cliente quer comparar com a nova, emendando a pergunta: “por que está na mesma altura, se você falou que estava arriada?”.

Mesmo após anos de uso, as molas, ao serem retiradas do veículo, mantêm sua altura original de trabalho. Acontece que molas fracas perdem a capacidade de carga.

É a faixa de carga que determina qual carga em que a mola se encontra, além de dar nivelamento ao veículo. Portanto, deve-se observar e montar molas de mesma faixa de carga em um mesmo eixo.

Altura das molas

Cuidados na montagem das molas

Na instalação das molas, é importante verificar a posição de montagem, pois alguns veículos possuem molas para lado direito e esquerdo. Algumas têm posição de montagem, ou seja, lado de baixo ou de cima. Assim, devemos observar os encaixes nas bandejas ou assento das molas.

Carro torto

Após a troca das molas, é comum que alguns clientes reclamem que o veículo ficou torto. Diante disso, o que fazer?

1.  Verificar se as molas têm a mesma faixa de carga;

2. Checar os modelos das molas são diferentes das especificadas (ver pintas de cores);

3.  Analisar lado de montagem (casos de Chevrolet Omega, Ford Del Rey e F1000, Civic, Fit);

4.  Confirmar se o veículo foi batido;

5.  Fazer inversão das molas (lado mais baixo para lado mais alto).

Molas Dianteiras

É preciso ter cuidado ao substituir as molas dianteiras. Não podemos esquecer de verificar elementos do veículo, como: ano, modelo, acessórios (ar-condicionado e transmissão automática, por exemplo), tipo do motor (1.0, 1.0, 2.0 etc.) e quantidade de cilindros.

Molas Traseiras

Devemos sempre conferir a aplicação das molas no catálogo. Para alguns veículos, já existe uma aplicação específica, como nos modelos movidos a gás (GNV).

Hora do aperto

Após a troca de molas, é importante que as bandejas sejam apertadas com o veículo apoiado no chão. Caso contrário, pode-se alterar sua altura, bem como danificar as buchas das bandejas.

Rebaixamentos ou Reforços

  • Molas cortadas implicam na perda da garantia e de componentes da suspensão, como amortecedores , bandejas e pneus;
  • Acidentes graves podem ocorrer devido ao rebaixamento do veículo, por cortar ou aquecer as molas, pois a falsa sensação de segurança faz o motorista se arriscar mais. Assim, o veículo endurece, pois não oferece segurança, nem estabilidade;
  • A mola perde o assentamento, fazendo com que saia do alojamento. O curso do amortecedor será diferente em relação ao curso da mola, causando instabilidade no veículo ao passar por lombadas, irregularidades no asfalto (costelas de vaca) ou curvas.

Molas recondicionadas

O recondicionamento de molas é totalmente inviável. Essa prática só acarreta em maiores despesas ao proprietário do veículo, que, cedo ou tarde, irá descobrir que foi vítima de má prestação de serviço.

Isso sem contar que a segurança dos que utilizam o veículo está em jogo, pois molas recuperadas, na verdade, são molas velhas de outros veículos, pintadas e revendidas muitas vezes como novas.

Para garantir um bom funcionamento, as molas helicoidais devem ser verificadas sempre que o veículo passar por revisão. Em casos de sinais de batidas de elos, ferrugem, trincas, quebras ou quando o automóvel apresentar frente ou traseira baixa em relação ao solo, é preciso substituir a peça.

Mola Cofap: a marca original

A Cofap, marca há 70 anos presente no mercado automotivo no país, possui um indiscutível conhecimento do solo brasileiro, suficiente para determinar os mais adequados parâmetros e encontrar o equilíbrio ideal entre segurança e conforto.

Assim, produz molas helicoidais com os  mais altos padrões de qualidade e tecnologia; as peças são fabricadas com aços especiais e passam por testes de durabilidade, resistência à tração, compressão e fadiga, sendo homologadas nos padrões de equipamento original.

Além das molas helicoidais, a Cofap comercializa, no mercado de reposição, amortecedores – líderes absolutos do segmento – kits de reparo de amortecedores, bieletas, cubos de roda, juntas homocinéticas,  entre outros componentes que oferecem ao aplicador e ao consumidor final a mesma qualidade e confiabilidade do produto original.

Para informações sobre códigos e aplicações completas, consulte nosso catálogo eletrônico.