Amortecedores: guia completo para você aprender tudo sobre eles

Conheça as informações necessárias para que você entenda tudo de amortecedores, seu funcionamento, modelos e importância para o veículo.

Quando surgiu, as primeiras versões do automóvel não contavam com um item importantíssimo na garantia do conforto e segurança  de motoristas passageiros: o amortecedor.

Como podemos imaginar, a ausência desta importante peça de suspensão gerava muitos transtornos, como o excesso de vibração, que passava das rodas para a carroceria. Isso sem contar nos  impactos sofridos por todo conjunto, já que as pistas por onde trafegavam os primeiros veículos também não tinham uma condição muito boa de dirigibilidade.

Assim, a adoção do amortecedor de suspensão  tornou possível haver um enorme número de veículos trafegando em harmonia, realizando trajetos de maneira firme e equilibrada. 

Basicamente, os amortecedoeres são mecanismos que controlam a ação das molas, evitando balanços desnecessários.  Assim, têm um papel essencial em relação a alguns dos principais aspectos da direção, atuando no conforto dos passageiros e motoristas e contribuindo na prevenção de acidentes. 

Portanto, conhecê-los é não apenas vantajoso – por permitir entender fundamentos básicos da mecânica -, mas também para garantir veículos mais aptos a rodar com segurança. 

Neste artigo, você irá conferir informações completas e detalhadas sobre os amortecedores automotivos. Abordaremos sua história, características, modelos e conheceremos mais um pouco a respeito das linhas Cofap.

Exemplo de comparação: amortecedores de tênis

Amortecedores de tênis

É provável que você – principalmente se for alguém que pratique esportes – pense nos amortecedores do seu tênis como elemento de comparação aos correlatos automotivos. 

De fato, a forma com que o impacto de uma corrida gera ao pisar serve para analisarmos o que ocorre com os veículos ao trafegar. O chão costuma ser o grande vilão do atleta, gerando uma série de lesões. Por isso, os amortecedores são importantes para reduzir esse risco.

Exatamente: reduzir. Não significa, portanto, que esse item impede a ocorrência de contusões; afinal, o impacto não deixa de existir. É claro que, quando há o amortecimento, as chances diminuem. 

No caso de um motorista dirigindo seu automóvel, vale a mesma premissa. Os amortecedores são essenciais para preservar a condição do veículo e seus passageiros. No entanto, de nada adianta se quem o comanda não o fizer de forma consciente e segura. 

Conduzir de maneira agressiva, sem levar em conta as regras de trânsito, bem como eventuais irregularidades na pista que podem causar solavancos, fará com que o veículo sofra uma série de impactos prejudiciais. Diante disso, embora amortecedores de qualidade certamente impeçam que o pior aconteça, eles jamais serão capazes de manter toda a carroceria e os demais componentes ilesos a médio e longo prazo.

Lembremos do tênis: após um certo tempo, o excesso de impactos reflete negativamente em outras partes do corpo. Além do próprio pé e dos membros inferiores, a coluna costuma ser um local a sofrer contusões.

Bem, e somando tudo isso, temos outro fator em comum: a dor de cabeça!

História dos amortecedores

Os primeiros automóveis surgiram muito antes do amortecedor, peça que só seria inventada nos anos 1920. Antes de sua existência, os “avós” do carro como conhecemos hoje frequentemente perdiam controle nas curvas, apresentavam instabilidade nas carrocerias e pneus furados, dados os impactos contra o solo irregular.

Nos primeiros veículos, como as carruagens, o eixo era fixado diretamente à carroceria, tornando o conjunto rígido, desconfortável e despreparado para as mais diversas rotas.

Com o tempo, foram introduzidas molas que separavam o eixo e a carroceria, mas não demorou muito para que essa nova disposição também apresentasse seus defeitos. Sem nada para conter o movimento das molas, mantinha-se o desconforto e a insegurança é muito grande, pois tudo chacoalhava bastante. 

Isso impedia que andar de carro fosse, de fato, algo prático e seguro.  Mas entre os anos de 1900 e 1915, parte dos problemas foi resolvido. Foi o período em que surgiram os primeiros amortecedores de fricção, que mais tarde evoluiram para os os amortecedores hidráulicos de “bracinhos” (entre 1915 e 1925).

Anos depois, a coisa ficou mais próxima do que conhecemos hoje. Entre 1940 e 1950 surgiram os primeiros amortecedores hidráulicos estruturais, item incorporado como equipamento original pela Cofap no Brasil em 1974. Na década de 1980, a Cofap também foi pioneira quando passou a utilizar seus amortecedores pressurizados como equipamento original.

Atualmente, os amortecedores já evoluíram substancialmente, mas continuam seguindo o motivo original de sua criação: dissipar a energia da mola, tornando a direção algo mais constante, segura e estável. O  princípio hidráulico existente desde suas versões mais antigas é o aplicado até hoje. O que diferencia os amortecedores de ontem e os de hoje é a tecnologia envolvida em seu desenvolvimento.

Funcionamento

Tendo surgido para evitar as constantes oscilações da carroceria durante os trajetos, é importante relatar sua aplicação a partir de alguns elementos estruturais. 

Depois de o eixo e a carroceria veicular terem sido separados por molas que captam as irregularidades do solo, essa composição passou a movimentar-se excessivamente. E, para reduzir esse “agito”, era preciso alguma forma de dissipar a energia trazida pela ferramenta. É aqui que entra o amortecedor, pois como você já leu ali em cima, é justamente essa a função desta importante peça da suspensão.

Quanto ao funcionamento técnico das versões atuais, ele pode ser explicado de maneira simples. O interior da peça é um tubo dotado de óleo, enquanto uma haste se movimenta seguindo o sistema de suspensão, ou seja, é guiada pelas adversidades e deslocamentos durante o percurso. A resistência surge propriamente pela viscosidade do fluido, permitindo que variações bruscas sejam “freadas”, ou, como diz o nome, amortecidas. 

Há também o amortecedor pressurizado, com a inclusão de nitrogênio logo na fabricação. A atividade dele pode ter ainda mais sucesso, pois evita a formação de bolhas de ar, algo possível no outro tipo. Essa é a estrutura e disposição do amortecedor mais comum até hoje.

Enfim, também é primordial destacar que o amortecedor e suas válvulas sofrem desgaste com o uso. A ocorrência de vazamentos internos e externos ocasionam a perda de sua eficiência. Portanto, tendo passado um tempo, que nunca pode ser definido de maneira exata pois depende de uma série de fatores, o amortecedor deve ser substituído.

Redução da durabilidade

Um amortecedor está sujeito a milhões de oscilações durante seu uso, sendo submetido a esforços muito elevados. Para cumprir sua função, os componentes móveis presentes em seu interior sofrem com o atrito, ação que ao longo do tempo resulta em desgaste, fadiga de materiais e outras formas de degradação. 

Observe atentamente como isso pode afetar a ação do amortecedor na suspensão do veículo. 

Desgaste do tubo de pressão e pistão 

O pistão e o tubo de pressão estão constantemente em atrito, de modo a causar não apenas desgastes, como também folgas entre eles, e que vão ficando cada vez mais amplas com o tempo.

A consequência disso é o aumento da passagem de óleo entre tais itens, alterando totalmente a capacidade de amortecimento da peça, já que seu projeto original prevê que o óleo passe apenas através dos furos e passagens calibrados existentes no pistão.     

Fadiga das molas das válvulas 

As válvulas do pistão e da base interior do amortecedor são responsáveis pela característica de ação progressiva dos amortecedores Cofap. 

Com o tempo de uso, as constantes solicitações sobre elas e as molas provocam a fadiga do material, resultando em diminuição do poder de vedação das válvulas e queda de força nas molas.

Assim, a consequência é uma menor resistência ao fluxo de óleo, que faz o amortecedor apresentar uma redução na capacidade de controle da suspensão em relação ao seu projeto original.  

Desgaste dos selos 

A vedação que mantém o óleo no interior do amortecedor é feita por um selo de elastômero. Com o funcionamento normal do componente, além de estar sujeito ao atrito com a haste, fica também exposto a elevadas temperaturas, deteriorando-se com o tempo. 

Uma das consequências neste caso é a maior susceptibilidade a falhas, ocasionando vazamento do óleo. Todos esses desgastes limitam a vida útil de um amortecedor, tornando-o sem ação e indicando que é o momento de trocá-lo para garantir a segurança do motorista e sua família.

Outros riscos

  • Aumento da distância de frenagem;
  • Desgaste prematuro dos pneus;
  • Trepidações;
  • Balanço excessivo em freadas e arrancadas;
  • Aquaplanagem;
  • Danos a peças da suspensão (ex: coxins e buchas);
  • Travamento dos amortecedores.

Qual é a hora de trocar os amortecedores?

Já sabemos que os amortecedores não são itens vitalícios. Na realidade, eles sofrem um desgaste natural, fruto de sua atividade constante e indispensável. Fatores como modo de condução, tipo de pista por onde o veículo trafega, ausência de manutenção periódica em todo conjunto de suspensão e uso de peças de procedência duvidosa ajudam a diminuir a vida útil do amortecedor.

Dessa forma, é tarefa do motorista atentar-se à hora ideal de substituí-los. O momento em que o veículo começa a balançar mais do que o habitual pode ser um importante indício de que pode ser a ocasião ideal para a substituição. Outra observação importante a ser feita, é se há algum vazamento de óleo, cujo resíduo pode ser visto na parte externa da peça.

Alguns outros detalhes também são bons indicativos de problemas com a peça. Se o espaço para a frenagem total do veículo for maior do que a habitual, por exemplo, pode significar um problema na suspensão, às vezes decorrente do amortecedor.  O aumento no risco de sofrer uma aquaplanagem ao trafegar por pistas molhadas também pode ser um sintoma. 

É natural que o motorista não consiga ou tenha dificuldades em entender entender esses sinais, e, nesse sentido, deve procurar um profissional de sua confiança para orientação. Nada melhor do que um bate-papo com quem trabalha nesta área, que deve sempre possuir os meios para uma identificação precisa. 

Nesse sentido, a troca deve acontecer, preferencialmente, antes de os componentes atingirem sua completa falta de funcionalidade. Quando a eficiência dos amortecedores acaba de fato, há indicativos notórios, como pneus com desgaste, barulhos ao dirigir por irregularidades ou vazamento de fluido.

Pneus desgastados podem ser sinais de problemas nos amortecedores

Em outras palavras, nunca deixe chegar a esse ponto; faça a manutenção antes que apareçam falhas significativas. Além de prevenir as consequências negativas, a manutenção preventiva é sempre mais barata do que aquela em função de reparo ou conserto. Recomenda-se que elas sejam realizadas, em média, ao menos uma vez por ano. 

Lembre-se: a substituição deve ser feita sempre em pares

Destacamos também que a troca dos amortecedores deve ser feita sempre aos pares, isto é, de acordo com o eixo, dianteiro ou traseiro. Sobre não haver uma quilometragem rodada fixa para a troca da peça, lembre-se sempre: cada veículo tem sua própria rotina, seja no modo de condução de seu motorista, ou ruas por onde trafega.  

Um aspecto positivo é que se as revisões veiculares forem feitas na regularidade indicada, o estado dos amortecedores também será verificado e, como resultado, é muito mais difícil o motorista perder a época perfeita para fazer a revisão de seu veículo.  

Tipos de amortecedores

Obviamente, veículos que frequentam cenários diferentes e têm estruturas distintas também devem ser, muitas vezes, equipados com amortecedores diferentes. 

Assim, existe uma divisão nítida e básica entre dois tipos de amortecedores: os chamados convencionais e pressurizados. Citamos ambos brevemente neste texto, e agora iremos aprofundar em seus conceitos.

  • Convencionais: também chamados de hidráulicos, eles são equipados com óleo e ar, por meio de dois tubos distintos, de reservatório e pressão. São desenvolvidos para uma ampla quantidade de veículos, dos menores aos maiores. É o mais próximo das primeiras criações do equipamento. 
  • Pressurizados: esses amortecedores são semelhantes aos convencionais. Mas, nesse caso, em vez de óleo e ar, o segundo componente é substituído por nitrogênio, que é injetado no momento da fabricação.   

Esse segundo modelo apresenta algumas vantagens, justamente pela presença desse elemento extra. O gás aumenta a pressão, tornando a ação mais constante e garantida, sem admitir a formação de bolhas de ar que poderiam diminuir a carga de movimento. 

Desse modo, sua ação é quase que instantânea e a dirigibilidade, segurança e conforte é potencializada, tendo em vista também o maior contato do pneu com o solo.  

Tipos de amortecedores Cofap

Super

Amortecedores convencionais disponíveis para linhas leve e pesada, eram originais em grande parte da frota circulante.

Amortecedores Super

Spa

Este modelo serve especificamente para veículos que saíram de produção há no mínimo 10 anos, representando um excelente custo-benefício para quem precia da peça. 

Para isso, o Spa teve que “emagrecer”. Em seu projeto, a Cofap focalizou na construção de uma peça mais “enxuta”, com redimensionamento dos componentes internos que facilitam a montagem e reduzindo custos de mão-de-obra, mas sem tirar sua capacidade de controlar os impulsos da mola e, consequentemente, garantir a segurança do veículo e de quem o dirige.

Amortecedor Spa

Turbogas

A linha Turbogas está disponível para veículos leves e pesados e, como sugere o nome, tratam-se dos amortecedores pressurizados a gás, embora a adição de gás não seja a única característica desse tipo de peça. Isso porque todos os seus componentes foram atualizados, melhorando o desempenho do conjunto.

Sua ação evita a aeração (formação de bolhas de ar no óleo) e também evita a cavitação, que são características criadas quando há movimentação intensa da suspensão, e causam deficiências na peça.

Amortecedor Turbogas

Power Shock

Esse modelo conta com exclusiva tecnologia anti-rolling, que reduz a inclinação natural do veículo quando o motorista faz uma curva, proporcionando melhor dirigibilidade, estabilidade, conforto e desempenho.

Mas este tipo de amortecedor requer atenção: na hora da substituição, o Power Shock deve ser aplicado apenas em veículos que já saem de fábrica com essa tecnologia. Portanto, não se deve utilizá-lo no lugar do Spa, Super ou Turbogás, pois isso causará modificações na geometria da suspensão, comprometendo todo o sistema e aumentando o risco de acidentes.

Amortecedor Power Shock

Amortecedores de Moto

Geralmente aplicados na suspensão traseira, os amortecedores para motos Cofap também são produzidos através do princípio hidráulico monotubular ou bitubular. Eles controlam, basicamente, o movimento de compressão e extensão, e sua construção interna varia de acordo com a aplicação.

Amortecedor de moto

Amortecedores recondicionados: fuja desta

Atualmente encontram-se no mercado muitas ofertas de amortecedores recondicionados, mas será que eles apresentam os mesmos atributos de qualidade e segurança que garantem o correto funcionamento do produto? A resposta é simples: não.

Isso porque para que um amortecedor volte a sua condição de funcionamento original, apresentando as forças de controle da suspensão de acordo com as especificações do fabricante do veículo, seria necessária a substituição de quase todos os componentes que compõe a peça, como válvulas, tubos, hastes, entre outros.

O fato é que nenhum deles é fornecido ao mercado de forma individual, muito menos pela Cofap. Outro fato que deve ser observado é que o amortecedor é uma unidade selada, vedada e fechada por solda e a própria abertura do corpo já comprometeria o funcionamento da peça.

Algumas pessoas se aproveitam do desconhecimento técnico dos consumidores e substituem somente o óleo presente no interior do amortecedor, que é desenvolvido específicamente para esta condição de trabalho.

Normalmente, essa substituição do óleo não obedece padrões de dosagem e é realizada com furos no reservatório. Durante o processo de vedação, cavacos de metais resultantes da furação permanecem no interior da peça, prejudicando ainda mais o já precário estado dos componentes internos do amortecedor usado.

Portanto, atenção! Os amortecedores recondicionados são perigosos para a sua segurança!

Composição do amortecedor

Verifique a procedência dos amortecedores

Sempre cheque a nota fiscal, o certificado de garantia e o registro INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Como essas peças têm o selo gravado em baixo relevo no corpo, os recondicionadores podem usar a informação para argumentar que a peça é original. 

Também vale lembrar que o consumidor terá direito à garantia somente se o certificado estiver preenchido corretamente.

Para evitar o uso dos amortecedores recondicionados, é preciso sucatear a peça usada, de maneira a danificar a haste e o tubo das mesmas. Confira abaixo como fazer.

Considerações finais

Em suma, podemos concluir que, sem amortecedores, sequer seria possível dirigir como se faz hoje, especialmente em um contexto de acidentes recorrentes e evitáveis. 

Essenciais para o funcionamento de um veículo, esses itens devem ser bem pensados, adquiridos em locais de confiança e, ainda, ideais para o modelo em questão. É importante priorizar adquiri-los com empresas que transmitem segurança e um amplo apoio ao consumidor, como a Cofap.  

Por fim, o motorista nunca deve negligenciar o momento da troca ou a escolha certa do amortecedor, de modo a evitar problemas futuros. 

Sobre os amortecedores Cofap

O catálogo Cofap disponibiliza amortecedores para modelos das principais montadoras, com as mesmas características de qualidade e desempenho do produto original. Quem adquire um amortecedor Cofap sabe que está recebendo um item com a excelência da marca que, há mais de 60 anos, fornece componentes para as principais fabricantes de veículos do País e do mundo.

Esse reconhecimento é resultado dos investimentos constantes na ampliação da linha de produtos e do respeito aos parâmetros técnicos estabelecidos pelos materiais genuínos. 

Os amortecedores Cofap possuem o certificado do INMETRO, conforme prescreve a regulamentação, o que garante a segurança e a tranquilidade dos reparadores e dos usuários.

O portfólio da linha de amortecedores Cofap é o maior do mercado nacional e atende veículos de passeio, veículos comerciais (caminhões e ônibus) e motocicletas, além de implementos agrícolas e industriais. 

A gama de produtos é composta por amortecedores de suspensão, de direção, de cabine e para bancos, bem como molas e gás para tampa de porta-malas, entre outras aplicações específicas.
Para mais informações sobre códigos e aplicações, baixe nosso catálogo eletrônico.