Suspensão da motocicleta: tudo o que você precisa saber
7 de novembro de 2022
Assim como nos automóveis e veículos pesados, a suspensão da moto garante estabilidade e conforto à condução.
Garantir a estabilidade da motocicleta em frenagens, curvas e durante transito mesmo, em qualquer tipo de pista: esta é a principal tarefa do sistema de suspensão. Ou seja, segurança e conforto do condutor dependem fundamentalmente do bom funcionamento deste conjunto.
Portanto, é necessário cuidado especial com a suspensão da moto, respeitando as recomendações para revisão e troca dos componentes.
Neste artigo, vamos entender o funcionamento do sistema e explorar mais a fundo alguns dos seus principais componentes.
Suspensão Dianteira e Traseira
Em geral, toda moto precisa de ao menos duas suspensões, uma para a roda da frente e outra, para a de trás. Em cada uma delas, são montados uma série de componentes entre os quais se destacam a mola e o amortecedor. Não fosse pela compressão e descompressão destes itens, que permitem o movimento de subida e descida para acompanhar as ondulações do piso, dificilmente uma moto conseguiria manter a estabilidade quando em movimento.
A suspensão dianteira tem o papel de reduzir o impacto sofrido pelo condutor durante os trajetos, mantendo a parte da frente da moto junta ao chão. Presa diretamente na roda, na pinça de freio, no quadro e, no caso das superesportivas, nos semi guidões também, é formada principalmente pelo tubo interno cujas características serão detalhadas ao longo desta matéria.
Alguns modelos de motocicleta permitem ajustes variados – como pré-carga da mola, velocidade de retorno e compressão-, para que o piloto adapte a moto ao seu peso e estilo de pilotagem, algo essencial em uma corrida, mas nem tanto para uso urbano, por exemplo.
A suspensão traseira é bem diferente da dianteira. Geralmente composta por um ou dois amortecedores, é montada no quadro e na balança e não diretamente na roda, como ocorre na frente.
Tipos de suspensão da moto
Existem três tipos principais de suspensão em motocicleta: bishock, monoshock e monoshock pro-link. Vamos entender as características de cada uma.
Suspensão Bishock
Possui dois amortecedores fixados na balança.
Suspensão Monoshock
Aplicado quando a exigência de desempenho é maior, geralmente em motos off road e de altas cilindradas, este tipo proporciona respostas mais rápidas em estradas com muitas irregularidades e nas altas velocidades. O amortecedor é montado diretamente no chassi e na balança.
Suspensão Monoshock Pro Link
Possui um articulado que possibilita a ação progressiva da força de amortecimento aplicada na balança ou roda.
Essa suspensão proporciona maior conforto em terrenos com pequenas irregularidades (nos pequenos cursos da suspensão) e maior força de resposta em terrenos com grandes irregularidades (nos grandes cursos da suspensão).
Principais itens
Amortecedores
Assim como nos carros , o amortecedor tem o propósito semelhante nas motocicletas: manter o pneu em contato com o chão, suportar e absorver as irregularidades das vias por onde transita.
Além disso, o componente exerce papel essencial ao garantir a estabilidade da moto, controlando os movimentos de oscilação da mola que sustenta o peso e absorve as irregularidades do solo.
Por essa razão, os amortecedores são as peças mais importantes no comportamento dinâmico das motocicletas. Seu bom estado é fundamental para a segurança do motociclista, principalmente durante as curvas e frenagens – momentos em que ocorre a inclinação.
Quando a moto trafega sobre terrenos irregulares (lombadas, por exemplo), seu peso gera a inclinação do veículo. É nessa hora que o amortecedor trabalha, integrado à mola, para controlar os movimentos.
Na ausência do amortecedor, as molas fariam com que o veículo ficasse oscilando por causa do efeito elástico. Portanto, o amortecedor é uma peça complementar, freando essa oscilação a fim de tornar a condução mais segura, estável e previsível.
Via de regra, a revisão da suspensão deve ser feita a cada 10.000 km rodados, com atenção especial aos amortecedores. Será necessário trocá-los quando houver:
- Vazamento de óleo;
- Travamento da haste;
- Ruptura dos fixadores;
- Perda total de ação.
Tubo interno
O tubo interno compõe o sistema de amortecimento dianteiro, como parte do chamado ‘conjunto telescópio’, está localizado entre a roda e o guidão e sua principal função é absorver as irregularidades do piso.
Apesar da aparência “simples”, os tubos internos são diferentes para cada motocicleta. Além dos dimensionais, existem diferenças na composição dos diversos componentes internos, como válvulas, molas e óleo. Por isso, é fundamental seguir estritamente o código de aplicação para não comprometer a segurança.
O tubo interno precisa ser trocado em casos de:
- Empenamento
- Desgaste no cromo
- Riscos
- Oxidação
Vale destacar que em toda substituição é preciso fazer a lavagem (interna e externa) do tubo para retirar o óleo protetivo, trocar o selo retentor e o óleo (atentando ao nível e especificação do óleo).
Além disso, deve-se conferir o comprimento e posição de montagem da mola, sempre de acordo com as orientações da fabricante.
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