Tulipa e trizeta: entenda a importância das peças ao sistema de transmissão

Tulipa e trizeta são componentes fundamentais para garantir que as rodas do veículo se movimentem.

Questionar-se como os veículos rodam é praticamente o mesmo que perguntar como os seres humanos andam. Dificilmente iremos parar para pensar sobre. Mas aqui, neste blog, temos um espaço propício para isso!

Se no caso das pessoas o cérebro transmite informações para o restante do corpo realizar os movimentos, algo similar ocorre em relação aos veículos. Estes possuem um sistema de transmissão, responsável por receber e enviar comandos que possibilitam que as rodas girem.

Portanto, antes de falarmos especificamente de tulipa e trizeta – peças essenciais desse conjunto – vamos resumir o que é e como funciona o sistema de transmissão veicular.

Sistema de transmissão

Como os carros andam? Graças ao sistema de transmissão, como já sinalizamos. Independentemente se o veículo possui câmbio manual ou automático, esse conjunto de peças é primordial para que as ‘informações’ cheguem às rodas e permitam o deslocamento do veículo.

Os componentes do sistema de transmissão atuam em sincronia, garantindo ao motor o funcionamento pleno.

Toda essa força é dividida entre as rodas – não necessariamente de forma igualitária, pois elas dificilmente trabalharão sob as mesmas intensidades entre si. Por exemplo, nas curvas, um lado será submetido a uma força maior do que o outro.

Assim que o motorista engata a marcha, cabe ao diferencial cumprir o processo destacado acima. Ele é o responsável por distribuir entre as rodas a força produzida pelo motor, caracterizando a chamada transferência de potência.

Movimentação das rodas

O próximo passo é transmitir a potência para as rodas. Importante salientar que o diferencial possui uma saída de cada lado, e ambas estão conectadas ao semieixo, que, por sua vez, liga-se às rodas, transmitindo a elas o movimento recebido do motor.

Na medida em que o condutor aumenta os níveis da marcha, o veículo trafega mais rapidamente. Essa ação final todos sabem, mas, nesse ínterim, o comando do motorista via câmbio eleva a rotação de saída do diferencial, dando sequência ao processo nas rodas.

Agora, sim, vamos afunilar o tema e abordar tulipa e trizeta. Continue a leitura para aprender sobre elas.

Tulipa e trizeta esquematizadas junto a outros componentes da transmissão.

Tulipa e trizeta

Embora sejam peças diferentes, é difícil falar de uma sem mencionar a outra. Por isso, mais do que “tulipa ou trizeta”, vale o “tulipa e trizeta”. Você vai saber agora o porquê.

Tulipa

Quem é mais ligado à natureza pode lembrar da flor tulipa a respeito do componente automotivo em questão. De fato, o nome não é uma mera coincidência; afinal, o formato da tulipa automotiva se assemelha ao da flor.

Não há informações oficiais sobre o motivo para o ‘batismo’ da peça, mas talvez seu criador tenha se inspirado na natureza para tal.

Voltando ao universo das autopeças de reposição: a tulipa é um item essencial para a movimentação dos veículos. São vários os benefícios trazidos, e sua capacidade de transmissão de energia aos demais componentes em movimento se eleva. Assim, o desempenho está diretamente relacionado à presença da tulipa.

Além disso, a tulipa reduz os barulhos e fricções produzidos pelo veículo, diminuindo também os riscos de quebra do eixo homocinético. Dentro dela está a trizeta, também conhecida como junta tripoide.

Trizeta

O prefixo “tri” diz respeito às três pontas de encaixe que o componente possui. Cabe à trizeta receber a marcha – e todas as suas variações – aplicada pelo câmbio.

Isso implica, portanto, em um necessário cuidado para conservá-la, pelo fato de a peça ser constantemente submetida a diversos níveis de torque e demais impactos. Não à toa, a trizeta é protegida por uma coifa que impede a entrada de resíduos contaminantes.

Interdependência entre tulipa e trizeta

A grosso modo, a tulipa serve apenas para abrigar a trizeta. Mas isso está longe de ser uma função irrelevante. Afinal, sem esse suporte, a peça não conseguiria realizar a transmissão de torque do câmbio até o eixo homocinético.

Dessa forma, qualquer irregularidade na tulipa prejudica uma enorme parcela do sistema de transmissão veicular, como uma espécie de efeito cascata, já que os componentes do conjunto atuam de modo interligado.

Ilustração de autopeças de um carro

Desgaste da tulipa e da trizeta: como percebê-los e evitá-los

Em primeiro lugar, é importante frisar o papel do motorista na preservação da integridade do veículo e suas peças. A maneira pela qual se dirige influencia significativamente – para o bem e para o mal – na vida útil dos componentes.

Se você conduz o volante de modo responsável, cauteloso, respeitando os limites de velocidade e sem realizar movimentos bruscos, certamente terá muito menos riscos de avarias. Do contrário, a durabilidade das peças será afetada.

Por essas e outras, embora o manual do proprietário indique os prazos para revisão e troca de componentes, é preciso levar em conta diversos fatores extras. Com o tempo, é natural que tulipa e trizeta sofram desgaste, independentemente da postura de quem dirige.

No entanto, os tipos de prática podem definir o grau do processo, cada um ao seu jeito, aumentando ou diminuindo esse tempo.

Tratando agora especificamente do desgaste natural, a trizeta perde sua capacidade de trabalho conforme os quilômetros são percorridos. Nessas situações, uma das possíveis consequências é a falha no auxílio à tulipa para transmitir o torque até o eixo homocinético, gerando vibrações indesejáveis.

Além disso, em caso de quebra da trizeta, ocorrerá a perda da tração do veículo. Portanto, o conserto deve ser realizado imediatamente, sob a recomendação de trocar todo o conjunto.

Uma dica para checar as condições da peça é averiguar a coifa protetora. Se ela estiver danificada, o problema não demorará a atingir a trizeta.

Manutenção preventiva

Não é a primeira e, definitivamente, não será a última vez que você lerá neste blog a respeito da importância da manutenção preventiva. Quem já entendeu a importância de agir antes do problema acontecer vai concordar com nossas repetições por aqui!

E se você ainda – sem querer ou não – opta pela emoção ao invés da razão, nunca é tarde para mudar. Prevenir sempre será melhor do que remediar.

Há casos em que somos pegos de surpresa, diante dos quais, realmente, não há o que fazer. Mas essa não é a regra, e um dos métodos preventivos mais eficazes é a manutenção.

Portanto, siga as orientações do manual do proprietário sobre os intervalos para manutenção e leve seu veículo a uma oficina de confiança para realizar o serviço.

A questão central aqui é a segurança, não apenas a do motorista, como também a dos eventuais passageiros, do veículo e, por consequência, a do trânsito em si, com todos – e tudo – os que dele participam.

Por fim, sabe quem também terá muito a agradecer? O seu bolso! Afinal, um dos efeitos da prevenção é evitar gastos elevados e desnecessários no futuro.

Manutenção veicular

Linha Cofap para Transmissão

Seguindo os mais rigorosos parâmetros de qualidade, segurança e desempenho na fabricação, a Cofap atende as principais montadoras de veículos no Brasil há mais de 70 anos.

Composta pelas juntas homocinéticas fixas e deslizantes, tulipas, trizetas, semieixos e Kits de Reparo, a linha de produtos para transmissão da Cofap conta com o maior portfólio do mercado de reposição. As opções trazem diversos componentes de outras linhas, como suspensão e freio.

Além dos amortecedores Cofap, líderes no segmento e cujo catálogo cobre 98% da frota brasileira, a marca possui bandejas de suspensão, cubos de roda, bieletas, molas helicoidais, pivôs, pastilhas de freio, barras e terminais de direção, entre outras linhas de produtos.

Para informações sobre códigos e aplicações completas, consulte nosso catálogo eletrônico.