Terminal de direção: saiba o que é e qual a sua função

Também conhecido como ponteira, o terminal de direção é uma peça fundamental para a estabilidade e segurança do veículo.

Todo automóvel possui um sistema de direção, que é o responsável por possibilitar que o automóvel faça curvas. Composto por várias peças, é um dos itens chave para a segurança e bom funcionamento do veículo. Seja hidráulica, elétrica, ou mecânica, a sua essência e importância não se alteram.

Inserido neste sistema, está o terminal de direção, cuja principal responsabilidade é conectá-lo às rodas para fazer com que o veículo ande corretamente.

Assim, trata-se de um componente importante para a segurança que precisa de verificações periódicas preventivas, já que um dos maiores perigos no caso do comprometimento da peça é a perda do controle da direção, que poderá provocar um grave acidente.

Mas antes de chegar nesta parte, é preciso conhecer o todo. Por isso, primeiramente, explicaremos o funcionamento do sistema de direção, para depois abordarmos o terminal.

Então, desça o mouse e tenha uma boa leitura!

Sistema de direção

O sistema de direção exerce o papel de transferir o movimento e força do volante até as rodas e pneus, de modo que eles rodem adequadamente. É por causa dele que o automóvel consegue fazer curvas e mudar de rota com frequência.

O que nós já consideramos uma ação natural e parece simples à primeira vista, esconde várias outras etapas e peças que criam uma organizada sequência.

Como já adiantamos, tudo começa no volante. A partir de sua ação giratória, a coluna de direção leva esse impulso até a caixa de direção. Nela, está localizado o pinhão, que, por sua vez, gira de um lado para o outro, condicionando a cremalheira a repetir o movimento. Nessa fase, temos o que chamamos de “sistema pinhão-cremalheira”.

Já a cremalheira é sustentada em suas extremidades por buchas internas e a ligação com o terminal de direção é feita através do terminal axial. Eles ativam os terminais de direção para transferir a força às rodas e pneus, permitindo que o veículo mude de direção.

Se ficou complicado, aqui vai um resumo: o volante está conectado à caixa de direção, que, por sua vez, liga-se aos terminais axiais. Acoplado a ele, temos o terminal, que se conecta a uma das rodas. Agora ficou mais simples de entender, não é?

Abaixo, você pode ver a configuração do sistema de direção hidráulica, o mais comum nos veículos da atualidade, destacando outros equipamentos:

Sistema de direção hidráulica

Terminal de direção

O terminal de direção, ou ponteira, como também é chamado, liga todo o sistema de direção às rodas do veículo. É dele a tarefa de transmitir o movimento da caixa de direção para as rodas, em conjunto com o terminal axial.

É constituído por um corpo de aço, um pino esférico, uma coifa de borracha e uma bucha e contém uma lubrificação interna, facilitando a movimentação e diminuindo o desgaste. Possui uma grande variedade de tipos de construção e sua grande maioria possui a identificação do lado a ser aplicado no veículo.

Falhas no terminal de direção: como identificá-las?

Se formos listar os principais problemas relacionados à direção, ruídos e trepidações certamente ocuparão os primeiros lugares, fruto de irregularidades nos pneus, ou alguns componentes do freio. No caso do terminal de direção, os motoristas costumam relatar as situações exemplificadas acima, mas existe outro item, bastante característico, que merece igual atenção: a chamada folga na direção.

Se, por motivos óbvios, esses barulhos são bem mais fáceis de perceber, as folgas podem passar batidas. Nesses casos, elas tornam-se mais notáveis quando o veículo está parado; isso porque, ao girar o volante, o movimento não é transmitido para as rodas.

Portanto, um simples teste pode dar a resposta. Primeiramente, com o veículo parado, ligue o motor e centralize a direção. Em seguida, vire suavemente o volante para ambos os lados. É nesse instante que você verá se há esterçamento ou não – isto é, as rodas girarem de um lado ao outro.

Importante destacar que, ao movimentar o volante, há um limite de graus (5º) sem esterçamento. Assim, caso o número seja maior, consulte um profissional de sua confiança.

A folga no volante é um dos sintomas de falha no terminal de direção

Outros exemplos

Caso os pneus apresentem desgaste irregular, a razão também pode estar no terminal de direção. Além deles, peças da suspensão – como buchas e coxins, são candidatos a eventuais falhas dessa natureza.

Mas vale ressaltar um problema ainda mais perigoso: o rompimento do Ball Pin (Pino bola) do terminal. Isso ocorre quando as folgas já atingiram um alto nível, e faz com que o motorista perca totalmente o controle do veículo.

Como fazer o diagnóstico correto

Para alcançar a conclusão certa, o profissional responsável pela avaliação precisará adotar algumas medidas, as quais dividiremos em três passos. Em primeiro lugar, ele deverá elevar o veículo – no macaco ou no elevador – e forçar as rodas de um lado para o outro.

Nesse momento, é importante contar com o apoio de outra pessoa. Depois, paralelamente a essa ação, é necessário verificar a existência ou não de um movimento radial da peça – isto é, do centro para fora. Se sim, a única saída será a troca do componente.

Por fim, o mecânico deve observar o estado de conservação da coifa (peça que protege o conjunto). Em caso de corte ou ruptura, também será preciso substituição.

No próximo item, você verá mais informações sobre a troca do terminal de direção.

Como detectar falhas no terminal de direção?

Troca do terminal de direção

Uma coisa é a verificação, por meio da qual se analisa o estado geral de determinada peça, incluindo o terminal de direção, como já explicamos. Em relação ao terminal de direção, o cenário é mais “8 ou 80”. Se, ao verificar a peça, forem encontradas falhas, o único jeito será substituí-la.

Em diversos casos, as trocas são realizadas de ambos os lados, pois se as peças internas possuem a mesma idade, de qualquer forma não sobraria tanto tempo dentro do prazo, embora às vezes uma possa estragar antes da outra.

Geralmente, recomenda-se fazer manutenções preventivas no veículo a cada 10 mil quilômetros rodados. E, durante tais avaliações, o mecânico irá constatar a necessidade ou não da troca do terminal de direção.

Mas tenha cuidado para não ignorar aspectos importantes. Confira abaixo.

O manual responde muito, mas não tudo

É inegável que o manual responde a uma série de perguntas que o proprietário nem precisaria fazer a um mecânico. Realmente, o documento torna-se uma mão na roda em diversas ocasiões.

No entanto, suas orientações se baseiam em dados essencialmente objetivos, convencionados, que não levam em conta uma série de situações (diferentes) às quais o veículo será submetido.

Lembremos que o sistema de suspensão absorve impactos, forças e tensões dos locais por onde se trafega. Assim, ela diminui a transmissão dos efeitos da irregularidade na pista ao veículo e aos ocupantes. Porém, qual a intensidade envolvida? O manual por si só não é capaz de dizer.

Portanto, não basta apenas considerar o fato de o componente ainda estar dentro do período de vida útil, pois ela pode variar de acordo com o trabalho realizado.

Exemplo disso é a condição das rodovias e estradas brasileiras. Em 2019, pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) constatou que 59% do trecho avaliado apresentava problemas. Foram identificados 797 pontos críticos ao longo dos 108.863 quilômetros percorridos, contagem 75,6% maior em relação ao ano anterior.

Por esse e outros motivos, é difícil, no Brasil, determinar um período exato para a substituição do terminal de direção ou de demais componentes. Soma-se isso à irresponsabilidade de vários motoristas ao volante, algo frequentemente constatado nas vias públicas de nosso território.

Cuidados ao substituir o terminal de direção

Assim como na prevenção dos problemas, é preciso ter cuidado na hora de trocar o produto quando as falhas aparecem. Afinal, trata-se de um processo complexo entre a retirada do componente antigo e a instalação de um novinho em folha.

Confira abaixo algumas dicas para realizar o serviço da melhor maneira.

Dicas finais: como não confundir os problemas

Você já sabe que tanto as folgas, como as trepidações, são um dos principais sintomas de um terminal de direção gasto, cuja vida útil está se aproximando do fim. Porém, essas manifestações também ocorrem em função de outros problemas.

Nesse caso, algumas pessoas tendem a confundir tais vibrações com a falta de balanceamento nas rodas, pela similar sensação ao dirigir. Por isso, é essencial que se faça uma revisão detalhada, com profissionais confiáveis. E caso os problemas citados realmente estejam ocorrendo, as peças deverão ser trocadas na mesma hora.

No entanto, a análise da trepidação precisa ser feita com calma e certo conhecimento, pois as pessoas tendem a confundir essas vibrações com a falta de balanceamento das rodas, já que a sensação ao dirigir é muito parecida.

Vale ressaltar que não se trata apenas do terminal de direção. Igualmente, é fundamental analisar os pivôs. Do contrário, além da possibilidade de deixar a roda bamba (ou até solta) e gerar altos ruídos na suspensão, o alinhamento pode se tornar inviável.

E fique sabendo que isso daria uma enorme dor de cabeça, pois o problema se potencializaria. Afinal, o alinhamento do veículo é uma etapa obrigatória a todo serviço de suspensão, seja nos pivôs, nos terminais de direção ou nos demais componentes.

Ouça o cliente

É preciso ouvir com extrema atenção o que o motorista está dizendo. Não importa se ele é leigo no assunto, e você, mecânico, conhece bastante de peças. Por sinal, a fidelização do cliente começa assim: pela escuta.

Além disso, evidentemente, deve-se examinar os alvos das queixas, tendo em vista o seguinte: não confundir a falha no terminal de direção com, por exemplo, problemas no terminal axial ou na caixa de direção. Eles têm nomes parecidos, fazem parte do mesmo sistema, mas são diferentes!

Por isso, quando o cliente relatar uma trepidação no volante, o ideal é fazer uma revisão completa na suspensão antes do balanceamento das rodas.

Linha Cofap

A Cofap tem uma linha de produtos que envolvem toda a suspensão do veículo, inclusive terminais de direção com qualidade comprovada, com certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Por meio das Portarias 301/2011, 268/2013 e 455/2014, a autarquia estabelece padrões de qualidade para diversos componentes automotivos, visando garantir que os produtos colocados à disposição do mercado de reposição de autopeças respeitem os requisitos de segurança.

Terminal de direção Cofap: certificado

Os terminais de direção Cofap foram projetados para durar mais de 250 milhões de ciclos com cargas e frequências muito superiores àquelas que as peças são submetidas no veículo e foram aprovados, sem ressalvas, em diversos ensaios mecânicos, químicos, metalúrgicos e de segurança.

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