Pastilhas de freio: saiba o que são e confira seus tipos

As pastilhas de freio são responsáveis por gerar atrito com o disco de freio, diminuindo a rotação das rodas e, consequentemente, a velocidade do veículo. Por se tratar de um item diretamente ligado com a segurança e integridade de condutor e passageiros, é preciso atenção e cuidado.

Uma vez ao volante, assim que o motorista identifica a necessidade de parada, ou algum perigo de colisão, ele acionará o freio. Pode parecer algo muito simples, mas o que a gente não percebe é que esse todo esse processo envolve uma série de componentes importantes, que trabalham em conjunto para desacelerar, diminuir a velocidade, ou até mesmo parar de forma brusca e completamente um veículo.

Vejamos, primeiro, o pedal, requisitado ao menor sinal de alerta. A partir dele, o sistema hidráulico do veículo faz com que os discos presentes nas rodas sejam pressionados contra as pastilhas, que estão alocadas nas pinças. A partir daí, elas passam a ser controladas pelos fluidos, o que reduz a rotação, permitindo que o automóvel diminua sua velocidade e pare com segurança.

A sintonia entre essas peças tem um impacto gigante na segurança do trânsito. Apesar desta importância, poucas pessoas têm conhecimento sobre todos esses componentes, prestando atenção apenas quando apresentam defeitos, ou quando precisam ser trocados.

A manutenção correta do sistema de freios é fundamental para garantir a segurança de motoristas, passageiros e pedestres. Os técnicos da Cofap explicam que, entre os componentes desse sistema, as pastilhas de freio são as que sofrem maior desgaste.

Neste artigo, o Blog Cofap vai te contar tudo sobre as pastilhas de freio para te ajudar a rodar sempre em segurança!

Pastilhas de freio a disco

Quando surgiram as pastilhas de freio?

O freio a disco – do qual a pastilha é um dos principais componentes – surgiu em 1890. Mas foi utilizada somente em 1898, pelo norte-americano Elmer Ambrose Sperry, na tentativa de produzir um carro elétrico.

A primeira montadora a produzir foi a Crosley Corporation, especializada em veículos compactos. A partir de 1950, França e Inglaterra adotaram o novo modelo de freio em escala industrial. Os Estados Unidos seguiram a tendência em 1960.

O uso dos freios a disco possibilitou o aumento do controle do veículo e uma melhor condição para essa tarefa.

Quando é hora de trocá-las?

As pastilhas de freio têm a única função de reduzir a velocidade ou parar o veículo, e são compostas de uma base metálica sobre a qual é depositado um composto produzido com diversos componentes especiais. Esses componentes, por sua vez, têm como principal característica o elevado coeficiente de atrito.

Seu desgaste é diretamente proporcional ao uso do freio. Quanto mais for necessária a frenagem, maior também será o desgaste da peça, provocado pelo atrito ao reduzir a rotação das rodas.

Se o material das pastilhas for totalmente consumido nesta ação restando apenas a placa metálica, o atrito é reduzido drasticamente, comprometendo a segurança. Por isso, a regra número um que deve ser seguida por todos os motoristas é ficar sempre atento às condições das pastilhas de freios para não haver o risco de acidentes.

Vale destacar também que o atrito gera calor, e, em condições específicas, ele pode comprometer a eficiência das pastilhas e até mesmo condená-las. O melhor exemplo de situação em que isso pode ocorrer é descer uma serra em ponto morto.

Nessa condição, controlar a velocidade do veículo somente utilizando os freios por um longo período poderá superaquecer as pastilhas e gerar um efeito chamado “vitrificação”, que anula o atrito das pastilhas, podendo deixar o veículo sem freios. Além disso, o calor pode provocar superaquecimento do fluido de freio e reduzir sua eficiência.

Para evitar os fenômenos gerados pelo calor no sistema de freios, especialmente como no exemplo citado, o motorista deve sempre manter o veículo engatado, aproveitando o chamado freio motor. Nos veículos com câmbio automático, essa função, realizada através do gerenciamento eletrônico, é parcialmente automática. Dependendo da velocidade e da intensidade do acionamento do pedal de freio, o sistema reduz automaticamente as marchas, criando o efeito freio motor.

Por fim, fica o nosso recado ao motorista que roda com frequência em centros urbanos, onde predominam os congestionamentos. Nesse cenário, é comum frear e acelerar constantemente, alternando os movimentos em curtos intervalos de tempo. Isso aumenta o desgaste das pastilhas de freio; portanto, redobre a atenção aos sinais.

Como ação preventiva, recomenda-se fazer uma revisão no veículo após terem sido percorridos de 5 mil a 10 mil quilômetros. No entanto, caso todos os freios sejam a disco (muitas vezes as rodas traseiras são a tambor), a recomendação é a revisão a cada 20 mil km rodados.

Como identificar desgastes das pastilhas de freio?

Desgastes nas pastilhas de freio

A substituição das pastilhas de freio deve ser feita sempre por eixo, isto é, cada lado do mesmo eixo deve receber um novo jogo de pastilhas. Esse cuidado garante que o carro fique sempre estável durante a frenagem, mantendo seu controle direcional.

Essa dica também deve ser seguida para outros componentes do sistema de freios, como lonas, tambores e cilindros, ainda utilizados nos eixos traseiros de muitos modelos de veículos.

Alguns sinais, como pedal do freio baixo, indica que as pastilhas estão gastas e que chegou a hora de procurar uma oficina mecânica. Isso deve ser feito o quanto antes. Dependendo do desgaste das pastilhas, elas danificarão os discos de freio, que deverão ser retificados ou mesmo substituídos. E o barato pode sair caro.

Abaixo, listamos outros sinais para que você aprenda a identificar o problema antes dele acontecer:

Espessura menor que 3 mm

Caso a espessura do componente se reduza a esse nível, é hora de substituí-la. Algumas peças vêm com a marcação para ajudar a identificar o momento da troca. Nos veículos modernos, o próprio sistema avisa o proprietário sobre o problema, através de luz no painel ou computador de bordo.

Deficiência na frenagem

É extremamente comum a perda de desempenho de peças conforme o veículo é usado. Com o sistema de freios, por se tratar de um dispositivo essencial para a segurança, o cuidado deve ser redobrado. Quando as pastilhas perdem eficiência, o condutor consegue facilmente perceber a perda da capacidade ao frear.

Fique de olho: além da pastilha desgastada, o freio pode perder desempenho por vazamento, entupimento de tubulação e baixo nível de fluido.

Pó nas rodas

As rodas, naturalmente, produzem um pó preto. Com o desgaste da pastilha, que é feita de ferro fundido, essa fuligem nas rodas aumenta consideravelmente. Portanto , demandam atenção do condutor.

Ruídos ao frear

Não necessariamente o barulho ao frear significa problemas – inclusive, é comum ao trocar as pastilhas de freio. O ruído também pode vir do mau encaixe da peça.

Porém, se do dia para a noite o veículo produzir um som durante a frenagem, característico de metais se chocando, pode ser sinal do desgaste da peça, proveniente do metal da pastilha em atrito com o disco. Diante disso, você deve procurar um mecânico de sua confiança.

Durante a ida à oficina para resolver o problema, a Cofap recomenda a observação de outros detalhes para assegurar a saúde do veículo. Por exemplo:

  • Disco de freio: Se estes apresentarem sulcos, rebarbas ou espessura abaixo da permitida, a troca também deve ser efetuada.
  • Pinça: É necessário a limpeza dos pinos deslizantes da pinça – que serve de suporte para a pastilha de freio. Para que a peça possa ser devidamente instalada é preciso observar que não tenha presença de graxa, óleo ou outro material lubrificante.

Mas saiba que, mesmo depois de trocadas, é comum ouvir alguns ruídos na frenagem logo após a operação. Isso porque as pastilhas demoram em média 500 km para se assentarem e trabalharem perfeitamente.

O que define o desempenho de uma boa pastilha de freio?

Antes de avaliar o desempenho de uma pastilha para seu veículo, é preciso definir quais aspectos caracterizam a peça como boa. Confira abaixo.

Resistência

A resistência das pastilhas de freio pode ser percebida pela solidez dos seus componentes. E, a partir deles, é possível definir a vida útil da peça. Por isso, trata-se de um aspecto de suma importância, pois qualquer erro pode significar o desgaste precoce e um risco à vida de quem ocupa o veículo.

Durabilidade

Esse critério serve para definir a vida útil da peça – em outras palavras, o quanto ela pode ser usada, com segurança, até quebrar. O resultado vai depender do material que compõe a pastilha.

Tipos de pastilhas de freio

Pastilhas de freio

A principal diferença entre as variadas composições de pastilha está na durabilidade e dissipação de calor. Leia a lista abaixo e compare.

Pastilhas orgânicas

Até 2017, a fabricação deste tipo de pastilha costumava trazer amianto em sua composição. Porém, de lá para cá, essa prática passou a ser proibida, isso porque o amianto é uma fibra mineral com alto potencial cancerígeno. Atualmente, as pastilhas orgânicas são formadas por resina fenólica e celulose.

Entretanto, com a mudança na fabricação, a resistência da peça diminuiu (aumentando o desgaste), embora ainda seja a mais recomendada para veículos leves.

Pastilhas metálicas

As pastilhas metálicas são mais resistentes se comparadas com as orgânicas. São compostas de latão, ferro ou alumínio, o que aumenta a durabilidade delas. Recomendadas para veículos mais pesados, que exigem mais dos freios.

Pastilhas semimetálicas

As pastilhas semi metálicas são feitas a partir de cobre, ferro, aço e grafite, mantendo o alto nível de performance das pastilhas metálicas. No entanto, geram desgaste adicional nos discos de freio, pelo atrito entre a limalha de aço e a peça.

Pastilhas de cerâmica

Como o próprio nome diz, são compostas de fibras de cerâmica, enchimentos não ferrosos e agentes de ligação. Devido às propriedades dos elementos, as pastilhas de cerâmica dissipam melhor o calor, o que aumenta o desempenho.

Apesar de causar menor desgaste ao disco de freio, as pastilhas não são compatíveis com qualquer modelo.

Para escolher, é fundamental entender as necessidades e especificidades do automóvel. Se você tiver dúvidas, consulte o manual do proprietário, e/ou um mecânico de sua confiança ou entre em contato com nossos técnicos pelo Fale Conosco.

Cuidados a serem tomados

Para ter um aproveitamento ideal das pastilhas de freio, é preciso não só escolher bem entre os modelos, mas também tomar alguns cuidados para evitar um desgaste excessivo.

Evite sobrepeso no veículo

Quanto maior o peso do veículo em movimento, mais esforço exige-se das pastilhas e discos, pois é preciso uma força maior para conseguir parar o automóvel. Isso eleva o consumo de combustível, pesando no bolso do motorista a curto e médio prazo.

Freio na descida

Quando estão em um trecho em declive, muitos motoristas não engatam marcha, controlando apenas pelo freio. Esse comportamento, além de não economizar combustível, gasta desnecessariamente a pastilha. O melhor a se fazer é engatar e usar o freio motor.

Aliás, saiba que deixar o veículo “na banguela” durante a descida é proibido por lei – art. 231, inciso IX do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), considerado infração média, com perda de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16.

Evite frear bruscamente

O sistema inteiro foi desenvolvido para o uso suave e paulatino. Qualquer ação brusca e agressiva pode causar o travamento das rodas quando o veículo for desprovido do sistema de antitravamento, perdendo a estabilidade.Com o tempo, o condutor entende a distância de frenagem do seu veículo e como usá-lo adequadamente.

Sistema de freio

Sistema de freio

Para se aprofundar sobre as pastilhas de freio, é preciso entender como funciona o sistema do qual elas fazem parte. Tanto as pastilhas quanto os discos e o pedal fazem parte do sistema de freio. Mas, para além destes, existem outros componentes, e são vários. Confira a lista:

  • Alavanca – Da mesma forma que o pedal, serve para acionar o freio, a alavanca, por sua vez, não utiliza o fluido para imobilizar as rodas traseiras, é utilizado um cabo de aço.

  • Cabo de freio – É o dispositivo acionado ao utilizar a alavanca. O cabo movimenta as sapatas, que por sua vez fazem a frenagem dos freios a tambor.

  • Tambor – Geralmente, essa peça fica nas rodas traseiras, no lugar do disco de freio. Ele também serve para gerar atrito e diminuir a rotação das rodas.

  • Lona – Como o tambor pode ser usado no lugar dos discos, nessas situações, a pastilha de freio é substituída pela lona. E funcionam com a mesma dinâmica, através do atrito para diminuir a rotação.

  • Pinça – É ela que, na prática, através do êmbolo, empurra a pastilha contra o disco de freio, ao sofrer ação do sistema hidráulico. Além disso, serve de suporte e proteção para as pastilhas.

  • Sapata de freio – Existe apenas nos freios a tambor, como apoio para a lona.

  • Cilindro de roda – Também encontrado somente nos freios a tambor. Assim como a pinça para os freios a disco, recebe a pressão hidráulica para movimentar a sapata que, por sua vez, pressiona a lona contra o tambor.

  • Servo freio – A força que o motorista exerce no pedal, por si só, não é suficiente para parar um carro em movimento. O servo freio funciona como um multiplicador de forças, que, através do diferencial de pressão, consegue proporcionar menor esforço ao motorista com maior força de frenagem.

  • Cilindro mestre – A peça é feita em ferro fundido ou alumínio, sendo responsável por transformar a energia mecânica em pressão hidráulica.

  • Fluido – É o que está “dentro” do sistema hidráulico. Líquido especial, é responsável pela transferência de movimento, por exemplo, ao pisar no pedal em acionamento da pastilha de freio contra o disco.

  • Tubulação – São canos, rígidos ou flexíveis que conduzem o fluido de freio às pinças e cilindros de roda.

  • ABS e EBD/REF – Todos esses dispositivos operam para que a frenagem seja a mais segura possível. O ABS (Sistema Antibloqueio do Freio) não permite o travamento das rodas em freadas bruscas. Já o EBD (Distribuição Eletrônica de Frenagem) ou REF (Repartidor Eletrônico de Frenagem) serve para que a força feita nas rodas seja controlada, o que evita derrapagens e acidentes. A única diferença entre os dois é a nomenclatura que a marca adere.

Freio a disco x Freio a tambor

Freio a tambor x Freio a disco

Os freios a disco foram uma revolução no modo de produzir veículos. Existem, no entanto, vantagens e benefícios no uso de cada modelo. Diferentemente do tambor, os discos conseguem dissipar o calor gerado pelo atrito na hora da frenagem de modo mais eficaz.

A peça, além de estar exposta ao ambiente, possui rachaduras e ranhuras, o que evita o superaquecimento. É importante evitar altas temperaturas, pois caso o disco atinja sua temperatura máxima, perde-se grande parte da capacidade de frenagem.

O tempo de resposta no freio a disco também significa uma vantagem sobre o freio a tambor. Basta pressionar o pedal, que a pressão das pastilhas é exercida nos discos.

Porém, os freios a tambor possuem uma superfície de contato maior do que o disco, aumentando o torque de frenagem (a força necessária para diminuir a rotação).

Há também uma junção de mecanismo para o freio de estacionamento e emergência, outra vantagem dos freios a tambor. Nos freios a disco, é criado um sistema complexo para as duas paradas, às vezes, necessitando um tambor interno.

Pastilhas de freio Cofap

Presente no mercado há 70 anos, a marca Cofap é uma das pioneiras no segmento de autopeças no Brasil e a principal empresa do aftermarket nacional. Graças aos investimentos no desenvolvimento de novos projetos e na aplicação das mais avançadas tecnologias de fabricação, se tornou sinônimo de durabilidade e conquistou a confiança do consumidor.

Fabricadas com os mesmos parâmetros e requisitos técnicos das peças originais, a linha de pastilhas Cofap conta com mais de 500 códigos para aplicação na linha leve. Um dos catálogos mais completos do mercado, atualmente atende a 95% da frota em circulação pelo país.

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